Precificação de produtos: os 3 erros mais comuns
A precificação de produtos da sua empresa é focada em resultado ou é trabalhada como projeto e o foco real está em vendas e faturamento? Se for isto, você não está errado, apenas incompleto.
O cenário geral do varejo atualmente, do ponto de vista da gestão financeira, é desfavorável. Erros de cálculo e conceituais são realizados em cada transação e planejamento, o que está custando o crescimento de muitos empreendimentos.
De fato, é um processo que exige conhecimento, porém não deveria estar sendo negligenciado: segundo o Sebrae, cerca de 1040 empresas por dia chegam à falência por conta disso.
Logo, errar nesse gerenciamento é o começo de um fim lento e doloroso para o seu e-commerce. Para te auxiliar nessa tarefa, confira as três principais dicas do que não fazer em relação à precificação dos seus produtos:
1. Não se preparar para a guerra de preços
Primeiramente: sempre haverá guerra de preços. Alguns mercados serão piores que outros, mas será uma constante no seu dia a dia. Então, você deve estar se perguntando: faz sentido participar?
O ponto-chave, nesse caso, é o planejamento estratégico perante a isso. Envolver-se é inevitável, pois não será possível faturar se não acompanhar o mercado. Contudo, você pode fazer isso sabiamente, conhecendo as suas margens.
Estar em um nicho de alta ou baixa volatilidade te força a baixar ou subir preços. Para precificar corretamente é necessário entender seu capital de giro e quanto é preciso vender para obter lucro.
Você pode até mesmo não mudar os preços, mas trabalhar em estratégias como promoções, kits de produtos, frete grátis e descontos.
Por isso, analise com cuidado para não atirar no escuro: rastreie as informações citadas acima e saiba aproveitar o potencial do seu e-commerce.
2. Errar nos cálculos
O foco ser em vendas e faturamento advém, muitas vezes, da vaidade do empresário em saltar para esses números e pensar que os mesmos simbolizam crescimento de forma mais clara e prática.
Dizer que esse não deve ser um dos principais objetivos do seu negócio também seria uma falácia. Porém, se você precifica erroneamente e/ou não tem controle dos seus custos e finanças, vender mais poderá ser sinônimo de prejuízo.
O preço é o fator que impacta diretamente o seu resultado, o lucro e o faturamento da empresa – negligenciá-lo é fatal.
Mas como fazer certo?
Inicialmente, é importante dividir claramente a despesa fixa da empresa do custo variável de produtos. A formação de preços deve ser baseada somente nos custos de venda e compra de mercadorias.
O resultado do produto, o seu lucro bruto, é o que dá “resposta” para a empresa. Assim, some-o todo e, se ele for maior que o custo fixo da sua loja, o lucro real acontece.
Além disso, você deve precificar baseado na margem desejada. A sua margem de lucro bruto, chamada de margem de contribuição, deve ser colocada acima das despesas variáveis, como frete, taxa de cartão, comissão de marketplace, impostos etc.
3. Esquecer-se da estratégia
E de onde vem essa margem de contribuição? Como sei a margem ideal?
Quando se trata de precificar, esse talvez seja o fator mais esquecido: a sua estratégia. Sim, a finalidade que você busca para a sua empresa.
Por quê?
Você se lembra que o preço está diretamente relacionado ao lucro, certo? Se ele nasce diretamente do seu custo, do markup, ele perde o potencial de ser um fator decisivo para sua meta de lucratividade anual.
Meio óbvio, porém grandes empresas ainda precificam por markup e se esquecem de que preço é lucro e deve participar ativamente dos planos de ação.
Precificar nada mais é do que colocar uma vitrine financeira da sua empresa em um produto. E, por isso, não deve nascer de custo.
No fim, tudo se trata de evitar uma gestão financeira desfocada e negligenciada que pode colocar em risco a saúde da sua empresa.
Data da última atualização: 30/08/2018