Como montar um e-commerce internacional e exportar online?

Conteúdo criado por humano
Mapa-múndi estilizado com caixas de papelão sobre os continentes, ilustrando a logística e a abrangência global do e-commerce internacional.
Pontos principais do artigo:
  • Um e-commerce internacional é uma loja virtual que vende produtos para fora do país, aceitando pagamentos em diversas moedas e enviando encomendas para diferentes países;
  • Ao internacionalizar seu e-commerce, você pode explorar novos mercados, construir uma marca global e se proteger de crises econômicas;
  • Baixe também o nosso exclusivo case da Shein e traga as estratégias da gigante chinesa para seu e-commerce internacional.

Depois de conquistar o Brasil, o próximo passo de expansão de uma loja virtual é desbravar o mundo. Afinal, ter seu próprio e-commerce internacional está cada vez mais acessível, graças à tecnologia e à simplificação da exportação.

Sabia que as empresas brasileiras são isentas de impostos para exportar seus produtos online? E que a habilitação para vender ao exterior pode ser solicitada pela internet, sem burocracia?

E o melhor: você pode configurar meios de envio e de pagamento internacionais na sua plataforma de e-commerce. Neste artigo, vamos explicar como montar um e-commerce internacional, quais as vantagens e como superar os desafios de vender para fora do país.

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Agora sim, vamos ao nosso guia completo do e-commerce internacional! 🌎

O que é um e-commerce internacional?

Um e-commerce internacional é uma loja virtual que vende produtos para fora do país. Dessa forma, internacionalizar um site de vendas significa expandir as fronteiras do comércio online para outros países — ou seja, exportar pela internet.

Com a estratégia de internacionalização, os empreendedores digitais conseguem atingir consumidores globais e eliminar as barreiras geográficas de seus negócios. Como resultado, as exportações ampliam os mercados-alvo e, consequentemente, aumentam as vendas e a lucratividade da empresa.

Hoje, os sites de venda internacionais mais famosos são marketplaces (shoppings online), como Shein, Amazon, eBay, AliExpress, Shopee e Temu. A gigante chinesa Shein, por exemplo, opera em mais de 150 países.

No entanto, qualquer loja virtual brasileira pode vender para consumidores e empresas de outros países, e não apenas as grandes plataformas. Com o avanço das soluções logísticas e de pagamento, está cada vez mais fácil configurar envios internacionais e preparar o seu site de vendas para vender sem fronteiras, como veremos ao longo deste artigo.

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Conceito de cross-border nas vendas online

O termo cross-border, que pode ser traduzido como transfronteiriço, é usado para caracterizar o comércio eletrônico entre diferentes países. Basicamente, se o vendedor está no Brasil e o comprador em outro país, é uma operação de exportação; se o comprador está no Brasil, é uma importação.

A principal vantagem do cross-border é a capacidade de ampliar a exposição de produtos ou serviços a um público global. Grandes marketplaces globais como AliExpress, eBay e Amazon são exemplos de como o comércio cross-border tem se expandido rapidamente entre diversos países.

Para você ter uma ideia, o mercado global de e-commerce cross-border movimentou mais de US$ 797 bilhões em 2024 e deve alcançar US$ 1,7 trilhão até 2031, segundo um estudo da agência Verified Market Research. Esse crescimento é impulsionado por avanços nos pagamentos digitais, pela logística global otimizada e pelo aumento da demanda por produtos estrangeiros.

Além disso, o estudo “Cross-Border E-commerce: Digital Trends” do Statista mostra que as empresas de e-commerce chinesas são as mais escolhidas para compras do exterior, representando quase 40% dos pedidos online internacionais em 41 países pesquisados em todo o mundo. Inclusive, a China sai na frente como polo de compras internacionais em grandes economias como Estados Unidos, Reino Unido e o Japão.

Como funciona um e-commerce internacional?

Um e-commerce internacional funciona como uma loja virtual tradicional, com a diferença de que clientes de fora do país podem comprar produtos e/ou serviços e receber em casa. Para isso, resumidamente, o site de vendas precisa:

  • Oferecer um catálogo em diversos idiomas, para facilitar a navegação e compra dos clientes no exterior;
  • Ter a função multimoeda para exibir preços convertidos na moeda local do cliente;
  • Disponibilizar meios de pagamento que processam transações internacionais;
  • Ter integração com parceiros logísticos que oferecem frete internacional;
  • Oferecer um checkout (finalização de compra) com cálculo de frete internacional;
  • Mostrar a estimativa de impostos e taxas de importação que podem ser cobrados do cliente. Em alguns casos, a loja virtual pode oferecer o pagamento antecipado dos tributos ou mesmo subsídios para melhorar a experiência de compra.

Dessa forma, os consumidores dos países atendidos pela loja virtual podem fazer suas compras online normalmente, colocando os produtos no carrinho, calculando o frete e fazendo o pagamento digital. Naturalmente, os prazos de entrega são mais longos devido à distância e os impostos e taxas podem encarecer a compra — mas, ainda assim, vale a pena para muitos clientes acessar produtos internacionais pela internet.

👉 Confira: Como realizar vendas internacionais na minha Nuvemshop?

Por que internacionalizar meu e-commerce?

Não faltam motivos para você internacionalizar seu e-commerce e começar a desbravar novos mercados além das fronteiras. Confira as vantagens mais atrativas:

Novos mercados, clientes e vendas

A vantagem imediata do e-commerce internacional é ampliar seus mercados-alvo e atingir novas bases de clientes no mundo todo. Consequentemente, suas vendas vão aumentar, abrindo caminho para o crescimento da receita e do lucro da sua loja virtual.

Pense no público potencial que você ganha ao internacionalizar seu negócio. Em vez de pensar apenas em nível nacional, expanda suas perspectivas para o mundo todo!

Diversificação e proteção contra crises

Se o Brasil for seu único mercado, você sempre estará vulnerável aos períodos de crise econômica e queda nas vendas. No entanto, se sua empresa vender para outros países, haverá alternativas para compensar perdas de receita e garantir a saúde financeira.

Por isso, o e-commerce internacional consegue diluir os riscos de instabilidades econômicas e políticas, diversificando suas fontes de receita.

Construção de uma marca global

Em relação ao branding, nada melhor do que construir uma marca global. Afinal, empresas que atuam em diferentes países inspiram confiança e qualidade, fortalecendo a marca e aumentando seu valor em todos os territórios.

Melhora na reputação da empresa

Tradicionalmente, os produtos “tipo exportação” são vistos como superiores, uma vez que precisam atender aos padrões do mercado internacional. O mesmo acontece com lojas virtuais que vendem para o exterior, que são vistas como marcas globais e ganham muita credibilidade entre os consumidores.

Compensação de sazonalidade

Você já pensou que produtos de forte sazonalidade no Brasil podem ter uma demanda constante ou invertida em outros hemisférios? É o caso da moda praia, por exemplo, que tem seu pico de vendas no verão do Brasil, mas pode continuar com os pedidos em alta se atender a Europa e a América do Norte, onde o verão coincide com o inverno brasileiro.

Como ter um e-commerce internacional em 10 passos

Se você tem uma loja virtual e quer fazer a transição para um e-commerce internacional (ou abrir um do zero), aqui estão os passos essenciais:

1. Escolha o modelo de negócio

Existem diversas modalidades de comércio eletrônico que podem ser aplicadas no contexto internacional. Veja as mais comuns:

  • Direct to Consumer (D2C): o fabricante ou proprietário da marca vende diretamente ao consumidor final, sem intermediários, usando sua própria loja virtual. É um modelo que vem se fortalecendo por proporcionar uma margem de lucro maior e um relacionamento mais próximo com o cliente;
  • Business to Consumer (B2C): é a venda de empresas para consumidores finais, que pode ser feita por meio de intermediários (distribuidores, marketplaces e revendedores, por exemplo). Nesse modelo, geralmente, a empresa compra de diversos fabricantes para revender;
  • Business to Business (B2B): transações comerciais entre empresas, como a venda de matéria-prima ou produtos para revenda (ex: Alibaba.com).

Atualmente, o D2C é o modelo mais promissor do e-commerce internacional. Isso porque, em vez de depender de distribuidores, varejistas ou marketplaces em outros países, a empresa assume o controle total da operação, vendendo seus produtos diretamente para o cliente final através de sua própria loja online.

Na prática, o D2C proporciona uma margem de lucro maior ao eliminar os intermediários, além de gerar maior proximidade com o consumidor. Outro ponto-chave é que o lojista detém os dados dos clientes, essenciais para compreender o perfil de consumidores em diferentes países e traçar estratégias certeiras.

Porém, você também pode internacionalizar seu negócio tornando-se vendedor em um marketplace internacional. Nesse caso, as desvantagens são a alta concorrência, as taxas cobradas por venda e a dependência das plataformas.

2. Escolha uma plataforma de e-commerce robusta

Para ter um e-commerce internacional de sucesso, você precisa de uma plataforma robusta e preparada para o mercado global. A Nuvemshop Next, nossa solução para marcas digitais em expansão, tem todos os recursos necessários para decolar seu negócio no exterior, tais como:

  • Configuração multi-idioma e multimoeda, para você traduzir seu negócio para qualquer país;
  • Recursos de SEO (Search Engine Optimization, ou otimização para mecanismos de busca) que permitem otimizar seu site para as buscas orgânicas globais;
  • Integração com meios de pagamento e meios de envio internacionais para agilizar sua logística.

Além disso, a Nuvemshop Next oferece um gerente dedicado ao sucesso do seu e-commerce, suporte prioritário, checkout acelerado e mais de 200 integrações. Traga sua loja virtual e tenha uma plataforma pronta para a internacionalização:

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3. Regularize sua empresa para exportar

Para exportar em uma loja virtual internacional, sua empresa precisa ter um CNPJ ativo e uma habilitação para exportação. Para lojistas que estão começando e utilizam o serviço Exporta Fácil dos Correios Internacional, o processo é simplificado e não requer uma autorização formal, inicialmente.

Para outras modalidades de envio, é preciso se habilitar no serviço RADAR/Siscomex da Receita Federal. Esse registro permite o acesso ao Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), a plataforma do Governo Federal onde todas as operações de exportação e importação são registradas e processadas.

Felizmente, você pode solicitar sua habilitação online, pelo Portal Único Siscomex. Na categoria de habilitação expressa, por exemplo, é possível exportar até US$ 50 mil por semestre e o deferimento é quase imediato.

Para solicitar sua habilitação de exportador, você vai precisar apenas do CNPJ da empresa, de um certificado digital (e-CPF) e da adesão ao Domicílio Tributário Eletrônico (DTE), que já é obrigatória para todas as empresas.

E uma ótima notícia: toda sua receita de exportação terá isenção de IPI/ICMS e não incidência de PIS/COFINS. Consulte seu contador para garantir esses benefícios fiscais.

4. Estude os mercados-alvo

Se você quer montar um e-commerce internacional, deve fazer uma pesquisa aprofundada sobre os mercados estrangeiros que deseja atingir. Analise concorrentes, regulamentações, certificados, normas de qualidade (nacionais e internacionais), riscos e transações financeiras.

Além disso, compreenda a cultura e o comportamento do consumidor local. Países próximos ou com a mesma língua podem ser bons pontos de partida.

Lembre-se de verificar também a questão da tributação, pois cada país tem um modelo de cobrança de taxas de importação e limites de isenção para compras internacionais.

5. Adeque seu portfólio e seus produtos

Para atingir públicos de diferentes países, você terá que adequar seu portfólio de produtos, identificando os que são mais compatíveis com as regiões escolhidas. Em alguns casos, é preciso fazer ajustes para atender a normas e padrões internacionais.

A embalagem sempre precisa ser adaptada com a tradução do idioma e o uso de sistemas métricos específicos. Por exemplo, ao exportar para os EUA pode ser necessário incluir o sistema imperial (libras, polegadas, onças fluidas) no rótulo.

Determinados produtos também exigem certificações regulatórias. Por exemplo, nas exportações para a União Europeia, eletrônicos, brinquedos e equipamentos de proteção individual precisam obrigatoriamente do Selo CE. Ao exportar cosméticos e alimentos para os EUA, você vai precisar atender a regulamentação da FDA (Food and Drug Administration).

6. Integre um meio de pagamento internacional

Existem vários meios de pagamento que processam transações internacionais e que podem ser integrados ao seu e-commerce. Na Nuvemshop Next, por exemplo, você tem opções como o PayPal, que permite receber pagamentos de compradores de mais de 200 mercados diferentes, e o Primefy, que possibilita a venda para mais de 150 países.

Ambas as soluções oferecem transações seguras e eficientes, tendo como principal meio de pagamento o cartão de crédito. Vale lembrar que a conversão automática de moedas é impactada por taxas de câmbio, spread cambial e taxas de transação, que podem aumentar o preço final para o consumidor ou reduzir os lucros do vendedor.

7. Configure o envio internacional

Chegamos à questão da logística, que é um dos pontos-chave do e-commerce internacional. Aqui, a prioridade é integrar sua loja virtual com soluções de frete seguras, eficientes e competitivas nos custos.

Na Nuvemshop Next, você pode configurar um frete internacional personalizado, utilizando a tabela de preços de um parceiro logístico. Algumas opções populares são o Exporta Fácil dos Correios, o United Parcel Service (UPS) e a FedEX.

Além disso, você pode integrar sua loja virtual ao aplicativo ShipSmart, uma solução completa de cálculo de impostos e frete para mais de 150 países. O aplicativo antecipa impostos no checkout, em tempo real, e ajuda na geração de todos os documentos de exportação (AWB – Etiqueta, Commercial Invoice e Packing List), além de oferecer o rastreamento do pedido em tempo real.

Outra opção é o DHL Express, que é integrado diretamente à sua Nuvemshop para viabilizar o envio para mais de 220 países. O app oferece checkout com cálculo de impostos, automatização de envios e venda multicanal (loja virtual e marketplaces).

👉 Confira: Como configurar o frete internacional na minha loja virtual Nuvemshop?

8. Crie estratégias de marketing digital internacional

A vantagem do e-commerce internacional é que as estratégias de marketing digital podem ser aplicadas no mundo todo. Basta configurar seus anúncios e otimizar seus conteúdos para atingir públicos segmentados em diversos países.

Veja algumas táticas indispensáveis para divulgar seu e-commerce internacional:

  • Tráfego pago: anúncios pagos em plataformas como Google Ads e Meta Ads serão essenciais para promover seu negócio em novos mercados no exterior. Aproveite e faça nosso curso de tráfego pago gratuito;
  • SEO: investir em SEO (Search Engine Optimization, ou otimização para mecanismos de busca) é fundamental para otimizar seu site de vendas de acordo com as palavras-chave mais buscadas em cada país;
  • Marketing de influência: procure por influenciadores digitais nos seus mercados-alvo e feche parcerias para divulgar seu e-commerce internacional;
  • Marketing de conteúdo localizado: crie conteúdo original e adaptado a cada país, levando em consideração a linguagem e a cultura;
  • Redes sociais: ao produzir conteúdos e anúncios para redes sociais, utilize o geotargeting para fazer a segmentação geográfica da sua audiência.

9. Cuide dos aspectos legais

Embora o processo de exportação esteja mais fácil que nunca, ainda é preciso cuidar dos aspectos legais e lidar com a burocracia básica. Os principais pontos de atenção são:

  • Habilitação de exportação no RADAR/Siscomex;
  • Emissão de nota fiscal de exportação com o CFOP (Código Fiscal de Operações e Prestações) correto;
  • Registro das remessas por meio da DU-E (Declaração Única de Exportação);
  • Estudo das taxas de importação do país-alvo e escolha do método de cálculo de preço;
  • Regras de rotulagem e embalagem de produtos;
  • Normas e certificações de produtos;
  • Conformidade com as leis de proteção de dados pessoais, como a GDPR (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados) da União Europeia;
  • Elaboração de termos e condições de vendas que especifiquem as transações internacionais, informando prazo de devolução e procedimentos em relação a frete e taxas;
  • Registro internacional de marca, uma vez que o registro nacional do INPI não é válido fora do Brasil.

Para lidar com todas as exigências, é indicada a contratação de um advogado especializado em direito digital e contratos internacionais, além de um despachante aduaneiro com experiência em exportações no e-commerce.

10. Estruture o atendimento ao cliente

O atendimento ao cliente é um fator crítico da operação de um e-commerce internacional. Os principais desafios são a adaptação do idioma e da linguagem, o gerenciamento de trocas e devoluções, e a construção do relacionamento com os consumidores.

A dica é investir em atendimento automatizado, via FAQs e chatbots, e também ter profissionais que falem o idioma dos clientes no suporte humano.

nuvem chat

Exemplo de e-commerce internacional: 2ARES

A 2ARES é um e-commerce internacional de moda que vende para 33 países por meio da plataforma Nuvemshop Next, nossa solução para grandes marcas digitais. A empresa nasceu em 2017 com uma proposta slow fashion, multicultural e atemporal.

E-commerce internacional de moda 2ARES, da Nuvemshop Next.

A loja virtual se consolidou no mercado de alta costura e tem grande relevância entre influenciadores de moda internacionais. Pelo site, é possível escolher entre 33 países, com opções de pagamento em moeda local.

Se você também quer ter um e-commerce internacional de sucesso, migre para a Nuvemshop Next e expanda seu negócio para o mundo todo.

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Principais desafios de um e-commerce internacional (e soluções)

Ter um e-commerce internacional envolve diversos desafios, desde a burocracia até a satisfação do cliente. Conheça os principais e descubra como lidar com cada um deles.

Cobrança de impostos de importação

Um dos pontos mais delicados da exportação via e-commerce é a cobrança de impostos e taxas de importação dos clientes de outros países. É preciso conhecer os tributos de cada país e também o chamado De Minimis Value, um termo técnico para o valor máximo de uma remessa que pode entrar em um país sem a cobrança de impostos aduaneiros.

No Brasil, por exemplo, temos o programa Remessa Conforme, que reduz o valor do Imposto de Importação de 60% para 20% nas compras internacionais de até US$ 50 (mais a cobrança de ICMS de 17%). Já na União Europeia, as compras até £ 135 não sofrem incidência de imposto de importação, mas é preciso pagar o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) em todas as compras.

Existem duas formas de lidar com essa tributação em uma loja virtual brasileira que vende para fora:

  • DAP (Delivered at Place, ou Entregue no Local): o cliente paga os impostos de importação quando o produto chega à alfândega do país de destino;
  • DDP (Delivered Duty Paid, ou Entregue com Direitos Pagos): o cliente paga por todos os custos do pedido e envio de uma vez só, ou seja, produto, frete e impostos.

O método mais indicado para o e-commerce é o DDP, porque as taxas são antecipadas e o cliente tem transparência sobre o custo final do produto. Ou seja, não há o risco de ser pego de surpresa com os custos de importação, melhorando a experiência de compra.

Para oferecer DDP, o ideal é usar plataformas de e-commerce e parceiros logísticos que já possuam calculadoras de impostos integradas, garantindo que você cobre o valor correto no checkout.

Precificação dos produtos

Precificar no e-commerce internacional pode ser desafiador. Para chegar a um preço de venda coerente, que garanta sua margem de lucro, você precisa estimar o custo final dos seus produtos na região de entrega, considerando aspectos como frete internacional, liberações alfandegárias, certificações e armazenagem.

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Logística complexa

A logística é, frequentemente, o primeiro e maior obstáculo de um e-commerce internacional. O custo e o tempo de envio podem inviabilizar uma compra, e a complexidade de despachar para dezenas de países pode dificultar a operação.

Para contornar esse problema, contrate um gateway de frete que se integre a diversas transportadoras, para que você não dependa de um único operador logístico. Além disso, se você tem uma operação maior, vale a pena apostar na estratégia de fulfillment center (uso de centros de distribuição para processos logísticos).

Com ela, você envia um lote maior de produtos para um armazém terceirizado (um parceiro de 3rd Party Logistics ou 3PL) em um local estratégico (ex: nos EUA ou na Europa). Quando a venda ocorre, seu parceiro local embala e envia o produto ao cliente.

Alto custo de troca e devolução

O grande problema da troca e devolução no e-commerce internacional é que o custo do frete de retorno pode ser maior que o valor do produto — e a reimportação do item ainda pode gerar tributação no Brasil.

Para resolver esse desafio, você precisa definir regras claras para a política de devolução internacional e, se possível, ter um hub de devolução parceiro no país de destino. Além disso, invista em descrições de produto detalhadas, fotos de alta qualidade, vídeos e tabelas de medidas precisas para minimizar a necessidade de troca em primeiro lugar.

Regulamentações alfandegárias

Conhecer e seguir as normas alfandegárias de cada país é fundamental para o sucesso logístico, garantindo que as mercadorias sejam transportadas de forma legal e eficiente. Se você preencher declarações aduaneiras de forma incorreta, por exemplo, pode ter problemas com multas e atrasos na entrega.

Tudo pronto para abrir seu e-commerce internacional?

Agora você sabe tudo sobre a abertura, regulamentação e gestão de um e-commerce internacional. Que tal internacionalizar suas operações e explorar novos mercados além das fronteiras do Brasil?

Conte com a plataforma de e-commerce Nuvemshop Next para desbravar mercados internacionais. Ela é feita para marcas digitais em expansão e oferece recursos exclusivos, como gerente dedicado, checkout acelerado e mais de 200 integrações! 🚀

Aqui você encontra:
Perguntas frequentes sobre e-commerce internacional

E-commerce internacional é um site de vendas que permite vender produtos ou serviços para clientes localizados em outros países. Envolve logística transfronteiriça, pagamentos em moeda estrangeira e adequação às leis e culturas de diferentes mercados.

Os 7 tipos de e-commerce internacional são: D2C (Direct-to-Consumer): a própria fabricante vendendo direto ao consumidor, sem intermediários; B2B (Business-to-Business): empresas vendendo para outras empresas (ex: um fornecedor de peças); B2C (Business-to-Consumer): empresas vendendo para o consumidor final (ex: Amazon); C2C (Consumer-to-Consumer): consumidores vendendo para outros consumidores (ex: Mercado Livre, eBay); B2G (Business-to-Government): empresas vendendo para o governo; C2B (Consumer-to-Business): consumidores vendendo produtos ou serviços para empresas (ex: fotógrafos vendendo fotos para bancos de imagem); Social Commerce: vendas realizadas diretamente através de plataformas de mídia social.

A Amazon é a maior varejista de e-commerce do mundo em termos de receita e valor de mercado, operando em dezenas de países. É seguida de perto por gigantes asiáticos como o grupo Alibaba (AliExpress, Taobao) e JD.com.

De forma resumida, os passos para vender online internacionalmente são:

  • Habilite sua empresa: registre-se no RADAR/Siscomex da Receita Federal para poder exportar;
  • Escolha o mercado: pesquise e defina para qual país ou região você irá vender;
  • Adapte sua plataforma: configure seu site para aceitar múltiplos idiomas e moedas, como permite a plataforma de e-commerce Nuvemshop;
  • Defina a logística: escolha como irá enviar os produtos (Correios, transportadoras ou fulfillment center no exterior);
  • Configure pagamentos: integre gateways que processem pagamentos internacionais, como o PayPal;
  • Inicie o marketing: crie campanhas de marketing digital direcionadas ao seu público-alvo no exterior.

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