O que é Drex e como vai funcionar o novo Real Digital?
- Drex significa Digital, Real, Eletrônico e o X que passa a ideia de modernidade e conexão, além de fazer referência ao Pix;
- Essa será a nova moeda digital brasileira, que ainda está em fase de testes, mas a expectativa do Banco Central é de que ela chegue ao público até o final de 2025;
- Para o e-commerce, a moeda vai garantir mais facilidade e agilidade nos pagamentos, além de simplificar as vendas internacionais.
O Banco Central do Brasil anunciou a primeira moeda digital do país: o Drex. A sigla é uma abreviação do termo “digital real eletrônico x” e é uma continuação das soluções virtuais oficiais que começaram com o Pix.
Apesar de ainda estar na fase de testes, o Drex, ou Real Digital, pode estar disponível para a população até o final de 2025 e tem tudo para se tornar uma nova opção de pagamento online para o comércio eletrônico.
Pensando nisso, trouxemos, neste post, um resumo de tudo o que você precisa saber sobre o Drex: significado, para que serve, como funciona, custos, quando vai começar e muito mais. Vamos lá?
O que é Drex?
Drex é a primeira moeda digital oficial do Brasil. Também chamado de Real Digital, ele é uma representação virtual do dinheiro físico que usamos no dia a dia. Ou seja, ele é a mesma coisa que o Real, mas usado em plataformas digitais, como um Real Digital.
De acordo com o Banco Central, o significado da sigla Drex é:
- D: representa a palavra digital;
- R: representa a palavra real;
- E: representa a palavra eletrônico;
- X: passa a ideia de modernidade e conexão, além de fazer referência ao Pix.
A moeda Drex é a versão brasileira de uma iniciativa chamada CBDC (do inglês Central Bank Digital Currencies ou, em tradução livre, Moedas Digitais de Banco Central). Além do Brasil, outros 90 países estão desenvolvendo suas moedas digitais, como Suécia, China e Coreia do Sul.
Para que serve o Drex?
O Drex poderá ser utilizado para todas as operações financeiras disponíveis atualmente, como transferências, pagamentos e empréstimos. No entanto, a expectativa é que o uso da moeda digital simplifique essas transações e diminua os custos envolvidos no processo.
Além disso, uma das grandes apostas como diferencial do Drex será a possibilidade de usá-lo em contratos inteligentes e negócios com valores altos, como compras de veículos, imóveis e títulos públicos, o que não é possível com o Pix, por exemplo.
Imagine que você está comprando um carro de outra pessoa. Ao invés de ficar na dúvida se é preciso pagar pelo veículo para depois receber a transferência ou fazer a transferência para depois finalizar o pagamento, com o Drex será possível executar as duas ações de forma simultânea.
Isso porque o Real Digital vai permitir que você “programe o dinheiro” para que ele seja transferido de forma automática a partir do momento que uma determinada condição for atendida, como quando o sistema identificar a transferência do veículo no site do Detran.
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Qual a diferença entre Drex e Pix?
Pix é o meio de pagamento pelo qual transferimos dinheiro, já o Drex é o dinheiro a ser transferido por esse meio. Quando a nova moeda digital for lançada, será possível fazer pagamentos em lojas com um Pix de Drex, por exemplo.
Além disso, o Pix obedece a determinadas regras de segurança, como valor máximo de transferência ou limite de operações diárias, o que não deve existir nas transações com Drex.
Isso acontece porque o Pix é uma solução de pagamento online para o varejo, envolvendo transações menores entre pessoas e empresas. Já o Drex é uma moeda de atacado, direcionada principalmente para grandes operações com valores mais altos.
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- Como receber pelo Pix em seu negócio?
- Qual a diferença entre atacado e varejo?
O Drex é uma criptomoeda?
Embora ambos sejam formatos de moedas digitais, o Drex não é uma criptomoeda pois será regulado pelo Banco Central (BC).
Isso porque uma das principais características das criptomoedas é que elas são descentralizadas. Ou seja, não têm qualquer tipo de regulamentação ou garantia de segurança no Brasil. Já o Real Digital será fiscalizado diretamente pelo governo através do BC.
Além disso, como não são controladas por nenhuma instituição, as criptomoedas têm variação de preço a depender da oferta e demanda. Já o Drex tem sempre o mesmo valor que o Real, já que é apenas uma representação virtual da moeda física brasileira.
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Como vai funcionar o Drex?
Como equivalente à moeda física, o Drex poderá ser convertido diretamente a partir do depósito em carteiras virtuais. Para ter 50 Drex, por exemplo, será necessário fazer um depósito de R$ 50.
Essa operação poderá ser realizada por bancos, fintechs, cooperativas, corretoras e demais instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central. Neste primeiro momento, as instituições selecionadas para a fase de testes são:
- Bradesco, Nuclea e Setl;
- Nubank;
- Banco Inter, Microsoft e 7Comm;
- Santander, Santander Asset Management, F1RST e Toro CTVM;
- Itaú Unibanco;
- Basa, TecBan, Pinbank, Dinamo, Cresol, Banco Arbi, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, CPqD, AWS e Parfin;
- Caixa, Elo e Microsoft;
- SFCoop: Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred;
- XP, Visa;
- Banco BV;
- Banco BTG;
- Banco ABC, Hamsa, LoopiPay e Microsoft;
- Banco B3, B3 e B3 Digitas;
- Consórcio ABBC: Banco Brasileiro de Crédito, Banco Ribeirão Preto, Banco Original, Banco ABC Brasil, Banco BS2 e Banco Seguro, ABBC, BBChain, Microsoft e BIP;
- MBPay, Cerc, Sinqia, Mastercard e Banco Genial;
- Banco do Brasil.
Para fazer operações com Drex, as instituições vão precisar adotar uma tecnologia específica para essas transações: o blockchain. O modelo funciona como um banco de dados, mas que garante mais segurança, rapidez e transparência na transmissão de informações.
Quando o Drex vai começar?
O Drex está em fase de testes desde março de 2023, segundo o Banco Central, estará disponível para a população no fim de 2025 ou início de 2026. No entanto, ainda não existe uma data oficial para o lançamento.
Recentemente, o BC divulgou um cronograma piloto da fase 1 de implementação do Drex, que deve ir até junho de 2024. Até aqui, empresas como ABBC já fizeram mais de 120 testes de transações com o Real Digital, além de existirem mais de R$ 1 tri em títulos negociados na B3 que podem migrar para blockchain após o lançamento da nova moeda.
De acordo com o cronograma, os testes da tecnologia usada para a circulação da moeda digital devem durar até junho deste ano. Então, a expectativa é que, até o final de 2025, ao menos parte da população possa testar o novo Real digital.
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O Drex terá custo?
Embora o Banco Central não tenha especificado um valor exato ou como funcionaria esta cobrança, a expectativa é que sim. O uso do Drex pode ter algum tipo de custo para o consumidor.
Isso porque a moeda digital estará sempre associada a serviços e instituições financeiras, que podem estipular uma cobrança para as transações com Drex, desde que sigam a regulamentação vigente no Brasil.
No entanto, segundo o coordenador do projeto, o economista Fábio Araújo, também é possível que as instituições optem por oferecer o serviço gratuito, assim como o Pix. Tudo vai depender de quanto o Drex vai custar para essas empresas.
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O Real Digital vai substituir o dinheiro físico?
Apesar de ser uma evolução do dinheiro físico, não existe previsão para que o Drex substitua o dinheiro em papel. Por enquanto, o Real Digital tem foco apenas no uso online e deve agregar aos meios de pagamento, assim como o cartão de crédito e o Pix.
Como o Drex pode impactar o comércio digital?
Mais de 85% dos brasileiros já usam os meios de pagamento digitais na hora de fazer uma compra. Isso significa que as pessoas estão buscando mais facilidade e agilidade nos pagamentos — e o Drex pode fazer parte disso em um futuro próximo, assim como o Pix.
Além disso, existe a expectativa de que o Real Digital possa simplificar as vendas internacionais, o que pode ser uma boa oportunidade para expandir o alcance das vendas online e aumentar o faturamento dos e-commerces nacionais.
Por isso, apesar de esta ainda ser uma ferramenta em fase de teste, é importante se manter atento ao projeto e acompanhar de perto o que é Drex e os seus próximos passos até que a nova moeda digital brasileira esteja disponível para o público.
Até lá, separamos os abaixo um checklist de como escolher os melhores meios de pagamento para a sua loja virtual. Confira:
Entendeu o que é Drex?
Esperamos que este conteúdo seja útil para tirar as suas principais dúvidas sobre o que é Drex. Afinal, como vimos, a nova moeda digital será lançada em breve e poderá fazer parte das transações financeiras nas lojas virtuais.
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Referências:
- O que é o Drex? Banco Central do Brasil
- A moeda digital brasileira ganha um nome e agora se chama Drex
- Real digital se chamará Drex, confirma Banco Central
- Drex: entenda o que é o real digital
- O que é o Drex, anunciado pelo BC?
- ABBC fez mais de 120 testes no Drex
- R$ 1 tri em títulos negociados na B3 podem migrar para blockchain após Drex